Cataventoré
















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O Cataventoré iniciou sua carreira no ano 2000, em Belo Horizonte, com uma proposta autoral marcada pela cultura popular de Minas Gerais e do Nordeste brasileiro. Entre as principais realizações no retrospecto do grupo, destacam-se o seu primeiro trabalho de estúdio, em 2004, quando foi um dos oito artistas vencedores, entre 550 concorrentes, no festival Conexão Telemig Celular de Música: Novos Rumos da Música Mineira. Em 2009, lançou o CD “Cataventoré”, que incluiu 8 composições da banda, além das faixas “Chorinho esquenta-mulher”, do mestre de pífano cearense Raimundo Anicete e “Pife torto”, do ex-integrante do Quinteto Armorial, Egildo Vieira. Com apresentações nos principais projetos e festivais de música de Minas Gerais, seu trabalho, inclusive de oficinas, já foi levado a dezenas de cidades mineiras e de outros estados brasileiros.

A estética do grupo tem o foco na formação instrumental das bandas de pífanos, em uma proposta que não se limita ao repertório e instrumentação tradicionais, mas toma-os como ponto de partida para a criação musical. O grupo busca a ponte entre o erudito e o popular, o rural e o urbano, alicerçado na pesquisa e numa visão integrada do fazer musical, abrangendo a confecção de instrumentos, a performance e a criação musical como elementos indissociáveis. O Cataventoré tem uma relação especial com os instrumentos que toca, valorizando a sonoridade de instrumentos de fabricação artesanal e trabalhando com sons que remetem às matrizes culturais brasileiras. Ao lado da performance, integrantes do grupo têm se dedicado de maneira intensiva à pesquisa da música tradicional no norte de Minas Gerais e no Nordeste, sobre os dois tipos de flautas de tradição oral ali presentes: o pífano e a gaita. Esta pesquisa, iniciada há cerca de 20 anos, já rendeu diversas publicações, entre as quais o CD “Bandas de taquara e música de pífano em Minas Gerais” (2007) e os livros “Canudos, gaitas e pífanos: as flautas do norte de Minas” (2010) e "Cancioneiro do Jequitinhonha: 160 partituras para flauta" (2010). Em 2012, com a ação “Flautas tradicionais do Vale do Jequitinhonha”, esta pesquisa recebeu o reconhecimento do IPHAN, com o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, em nível estadual e nacional, na categoria Salvaguarda de Bens de Natureza Imaterial.


O Cataventoré é integrado atualmente por Daniel Magalhães (pífano), Mateus Oliveira (percussão) e Júlio Ponzo (percussão).