Pífano e zabumba formam uma das combinações instrumentais que mais se difundiram pelo sertão do Brasil e são a matéria-prima do trabalho artístico da banda mineira Cataventoré. Com a carreira iniciada no ano 2000, o grupo tem como marca, uma forte referência da cultura popular de Minas e do Nordeste e a busca de uma sonoridade a partir de instrumentos artesanais, sendo vários deles fabricados pelos próprios integrantes. A instrumentação já utilizada pela banda inclui pífano, rabeca, sanfona, cavaquinho e percussão, com destaque para zabumba, tarol, caixa, pandeiro, além de outros. Ao apresentar uma pluralidade de elementos da cultura brasileira, aliada a um sensível trabalho composicional, o Cataventoré se destaca na cena musical mineira e nacional.
Em 2004, a banda realizou seu primeiro trabalho de estúdio, quando foi um dos oito artistas vencedores, entre 550 concorrentes, no Conexão Telemig Celular de Música: Novos Rumos da Música Mineira. No CD coletivo resultante deste projeto, o grupo gravou uma das faixas com Paulo Santos e Décio Ramos, do Uakti. Com apresentações nos principais projetos e festivais de música de Minas Gerais, seu trabalho, inclusive de oficinas, já foi levado a dezenas de cidades do Estado e fora dele. Em 2008, gravou o CD “Cataventoré”, um trabalho essencialmente autoral, que inclui 8 composições da banda, além de duas faixas de compositores nordestinos: “Chorinho esquenta-mulher”, de Raimundo Aniceto e “Pife torto”, de Egildo Vieira. O CD foi lançado em turnê que percorreu os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Ceará e Pará. Uma das faixas do disco, "No terreiro", foi selecionada para o CD dedicado à atual cena musical mineira que acompanhou a edição n° 70, de ago-set/2010, da revista inglesa Songlines.
No show, a banda apresenta composições próprias, assim como um repertório brasileiro instrumental, que passeia por diferentes ritmos e gêneros, como o samba, chorinho, congado, maracatu e uma seleção de baiões e arrasta-pés, na melhor tradição das bandas de pífanos. O Cataventoré é integrado atualmente por Daniel Magalhães (pífano), Mateus Oliveira (percussão) e Júlio Ponzo (percussão).